...música de Raimond Lap

terça-feira, 20 de julho de 2010

WABC

Posicionamento da Associação Americana de Pediatria

Os médicos da Associação Americana de Pediatria expressaram o seu posicionamento sobre este tema, deixando para trás a postura pouco favorável à realização de programas aquáticos para crianças menores de 4 anos, apontando agora para os possíveis benefícios deste tipo de actividades.
Isto deu luz verde aos pais das crianças dos EUA que procuram programas aquáticos com sensibilidade implícita na sua orientação, para poderem integrar de forma sistematizada os seus filhos num processo de adaptação ao meio aquático.

http://www.medpagetoday.com/Pediatrics/GeneralPediatrics/20250

3 comentários:

Anónimo disse...

Este facto pode ser considerado efectivamente um grande passo, dado o contexto alargado de tipos de sessões praticadas...

Anónimo disse...

Bom dia!

Antes de mais, Parabéns pela iniciativa.

Não pretendo ser polémico, mas vou deixar a minha a minha opinião baseada na minha experiência quer de pai (2 crianças) quer de técnico de natação com mais de 10 anos de experiência.

As aulas de natação até aos 5/6 anos são úteis apenas nas seguintes situações:

- Quando os pais não têm tempo para ir com as crianças à piscina pelo menos 1x/semana;
- Quando os pais não estão à vontade no meio aquático;

A mais valia de uma aula de natação para bebés e crianças até aos 5 anos é a presença de um adulto (o professor) que sabe estabelecer regras de segurança e consegue orientar actividades que permitem a adaptação ao meio aquático. Se um pai tiver o bom senso de zelar pela segurança do seu filho e de deixa-lo explorar sozinho o meio aquático, dificilmente a aprendizagem no contexto de aula será mais eficiente que esta aquisição espontânea.
A partir dos 5/6 anos (e não é por nada que o ensino básico se inicia nestas idades) o ensino assume uma componente mais especifica que só pode ser orientada por profissionais com formação.

Agora vou-me contradizer, mas vou ser coerente:
- O grande problema da nossa sociedade é mesmo a falta de tempo, pelo que as aulas, e cada vez mais quando integradas nos estabelecimentos de ensino pré-escolar e básico, são a solução ideal;
- O bom senso exigido aos pais raramente aparece, na maioria dos casos quando os pais estão em lazer na piscina com os filhos, temos a sensação que querem que os filhos fiquem aptos a nadar 400 estilos no final de um período que é suposto ser de lazer.

Concluindo, se pretendem ir para a piscina com os vossos filhos de tenra idade, deixem-nos brincar à-vontade que eles vão adaptar-se ao meio aquático muito rapidamente, se não tiverem tempo (30 minutos por semana toda a gente tem...) ou não conseguirem estar na água sem "mandar bitaites" ou ainda se não estiverem descontraídos na água, inscrevem-nos em aulas.
A partir dos 5 anos então sim, convém ter mesmo ir para aulas!

Marta disse...

Caro Anónimo (o último),

Agradeço desde já o comentário, ao qual não pude ficar indiferente, pois toca num tema extremamente pertinente que traduz, em parte, um dos panoramas actuais da nossa sociedade - a pressão da mesma!

No que respeita ao mencionado sobre as crianças até aos 5 anos de idade, concordo em pleno com a comparação alusiva ao ensino básico (6 anos)- é neste marco de desenvolvimento que as crianças se encontram no seu estado pleno de aquisição de certas habilidade psicomotoras que lhes trarão mais valias a nível da aprendizagem das técnicas de nado, e antes, de uma adaptação ao meio.

Quanto à tenra idade, entendida por mim enquanto bebés, concordo que a segurança que os pais deveriam transmitir, associada ao livre explorar do meio, poderia ser por si só um bom começo.
No entanto, a existência (e proliferação) desta aulas é já um facto impregnado, irrefutável e inegável.

É então, enquanto profissional na área que deixo esta opinião:
1. neste contexto, os profissionais desta área não deverão ser dispensáveis, devendo estar munidos de todo um conjunto de ferramentas - conhecimentos - que lhes permitam orientar os pais nessa exploração do meio;
2. a estimulação aquática para bebés é já reconhecida, através de vários estudos, enquanto promotora do bem estar e desenvolvimento do bebé;
3. (Infelizmente) Nem sempre os pais são conhecedores do actual estado/marco de desenvolvimento do seu bebé a nível psicomotor e consequentes habilidades ou destrezas motoras que os mesmos podem efectuar.;
4. Motricidade fina, motricidade grosseira, reflexos, linguagem, são apenas alguns itens que contém informação preciosa para os profissionais, mas que facilmente passam despercebidos a certos pais (não querendo com isto dizer que seja um défice por parte dos mesmos);
5. Por tudo isto, julgo que esta actividade merece a devida atenção e respeito, tanto dos pais como dos profissionais, para que as aulas de "natação para bebés" não sejam conotadas com algo trivial, podendo ser conduzidas apenas através do bom senso e segurança (o que já não era mau!), ou, por oposição, com excessiva pressão na aquisição dos conhecimentos/habilidades.

Para terminar,
...são comentários como este que enalteço e felicito!
Muito Obrigada.


A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida (Lucius Annaeus Seneca - célebre escritor e intelectual do Império Romano).

Só aqueles que têm paciência para fazer coisas simples com perfeição é que irão adquirir habilidade para fazer coisas difíceis com facilidade. (Johann Christoph Von Schiller - 1759-1805, poeta, filósofo e historiador alemão.)


Para Reflectir…

É necessário conhecer o bebé para saber o porquê e para quê desta actividade…

A participação dos pais neste tipo de actividade é determinante para o sucesso da mesma…